15 Animais e Objetos Foram Julgados como Criminosos

Você sabia que, durante séculos, tribunais julgaram não apenas pessoas, mas também animais e até objetos inanimados? Embora pareça inacreditável, de estátuas a sinos, passando por ratos e até automóveis, muitos foram levados à justiça em julgamentos bizarros que parecem saídos de uma obra de ficção. A seguir, conheça 15 casos reais que marcaram a história.

Estátua Assassinou um Homem – Século V a.C.

Em Thasos, na Grécia Antiga, uma estátua do campeão olímpico Theagenes caiu e matou um de seus antigos rivais. O homem visitava a escultura todas as noites e a açoitava como se ainda estivesse em combate. Como resultado, a estátua foi jogada ao mar, sendo considerada culpada pela tragédia.

Toupeiras Excomungadas – Ano 824

Na cidade de Aosta, na Itália, uma colônia de toupeiras foi formalmente levada a julgamento por destruir plantações. Diante da destruição causada, o juiz eclesiástico decidiu excomungá-las, tratando o caso com a mesma seriedade que um julgamento humano.

Caldeirão Assassino – Ano 1267

Uma tragédia doméstica chocou a população quando uma lavadeira caiu dentro de um caldeirão com água fervente e morreu. Como consequência, o recipiente foi considerado culpado, confiscado como um “deodando” e avaliado em 18 pence como compensação simbólica.

Porca Carnívora Enforcada – Ano 1386

Na cidade de Falaise, na Normandia, uma porca foi acusada de devorar bebês. Para tornar o julgamento ainda mais simbólico, ela foi vestida com roupas humanas e levada ao enforcamento, acompanhada por cavaleiros armados que reforçavam o tom cerimonial da punição.

Ratos e Justiça – Ano 1522

Na cidade de Autun, França, ratos destruíram colheitas de cevada, o que motivou um processo judicial inusitado. Um advogado foi nomeado para defender os animais e conseguiu adiar o julgamento diversas vezes, alegando, por exemplo, que os ratos estavam com medo dos gatos locais. Assim, o caso se arrastou por semanas.

Gorgulhos Indiciados – Ano 1545

No sul da França, na região de Savoie, gorgulhos foram acusados de devastar vinhedos. Nesse contexto surreal, os insetos receberam tanto um representante quanto um advogado nomeado oficialmente para conduzir sua defesa perante o tribunal.

Outra Porca no Banco dos Réus – Ano 1567

Na cidade de Senlis, uma porca foi responsabilizada pela morte de uma bebê de quatro meses. Após análise do caso, o notário real decretou sua execução por enforcamento em uma árvore, como forma de punição exemplar.

Sino Castigado – Ano 1591

Na Rússia, um sino da igreja tocou para anunciar a morte do filho do czar Ivan, o Terrível, e acabou desencadeando uma revolta popular. Por conta disso, autoridades puniram o sino com açoites, removeram seu badalo e o exilaram na Sibéria. Curiosamente, ele ainda pode ser visto hoje em uma igreja de Uglich.

Cão em Peça de Teatro – Ano 1668

O dramaturgo francês Jean Racine satirizou esse tipo de julgamento em sua peça cômica Les Plaideurs, onde um cachorro é julgado por comer um frango. Mesmo sendo uma ficção, a peça refletia absurdos jurídicos que ocorriam na época.

Cão Realmente Preso – Década de 1690

Na Áustria, um cachorro que mordeu um membro do conselho municipal foi preso por um ano inteiro. O animal ficou confinado em um mercado público, mostrando que nem todos os julgamentos eram simbólicos ou fictícios.

Madeira Homicida – Ano 1716

Quando um monte de madeira caiu e matou uma criança, as autoridades da época decidiram responsabilizar o material. A madeira foi declarada culpada e multada em 30 xelins, quantia repassada ao pai da vítima como forma de indenização.

Jumenta Inocente – Ano 1750

Na cidade francesa de Vanvres, uma jumenta foi acusada de bestialidade. No entanto, ela foi inocentada após um padre testemunhar a favor de sua boa conduta. Em contrapartida, o homem envolvido foi condenado, já que ninguém se apresentou para defendê-lo.

Navios Culpados por Pirataria – Ano 1827

Nos Estados Unidos, a Suprema Corte julgou que um navio poderia ser responsabilizado por atos de pirataria. Segundo o entendimento do tribunal, a embarcação era vista como o agente da infração. Esse princípio foi reforçado novamente em 1844, quando outro julgamento reiterou que o navio poderia ser tratado como ofensor.

Carro Julgado e Condenado – Ano 1921

Em um caso peculiar, um juiz americano instruiu o júri a declarar um automóvel como culpado, permitindo assim que o veículo fosse confiscado pelo Estado. Esse tipo de julgamento demonstrava uma forma criativa de contornar limitações legais.

Medicamentos Falsificados no Banco dos Réus – Ano 1941

Nos Estados Unidos, a FDA conduziu uma de suas primeiras ações contra produtos falsificados. O caso, batizado de Estados Unidos vs. 11 ¼ dúzias de pacotes rotulados como Mrs. Moffat’s Shoo-Fly Powders for Drunkenness, resultou na destruição de 135 embalagens de remédio falso, abrindo precedentes para o controle moderno de medicamentos.